sábado, 14 de julho de 2012

Perrengue.


                                                         Cabo Edsom.

       
   Este cabo do Grupamento de Artilharia e Campanha, unidade da Sétima Brigada de Infantaria Motorizada, já foi soldado quando ingressou no elenco da peça teatral “O martírio de André de Albuquerque”, encenada inúmeras vezes (entre 1998/2002) na Fortaleza dos Reis Magos.
   Gerônimo de Albuquerque Ca’aetê, patrono do GAC. Foi o primeiro comandante da nossa Fortaleza e para muitos pesquisadores,  é o Fundador de Natal, sendo ele o primeiro índio a governar  uma capitania. Recebeu recentes homenagens feitas pelo GAC no Dia do Artilheiro por ter recebido o titulo de “Herói Público Municipal de Natal”.

lembranças juninas

    O ocaso e o nascer da lua branca no dia de São Pedro. Não deixando morrer nossas tradições...os nordestinos resistem às investidas dos globesteirantes e se mantém firmes afirmando nosso destinos de inventores desse belo e maravilhoso país do Pindorama mestiço

palestra sobre o índio Poty

    Precedendo à palestra, alunos da Classe de Adiantamento em Ensino de Artes da Escola Municipal Irmã Arcângela e componentes do Centro de Estudos Indígenas de Igapó fizeram uma apresentação de cantos da dança do Toré.  A palestra era destinada principalmente aos alunos das três nonas séries da escola porém muitos se evadiram restando apenas os mais esclarecidos. O trabalho foi muito prejudicado pela má vontade de alguns professores, em especial os protestantes que ligam a cultura indígena à prática do candomblé. Uma, que coordena as atividades do Projeto Mais Educação chegou ao desplante de impedir que o percucionista do grupo participasse do ensaio geral alegando razões inconsistentes.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Palestra sobre Felipe Camarão na Escola I. Arcângela

Pablo e seu pai Franclim Capistrano.
    No ano passado, um projeto financiado pelo Fundo Municipal de Cultura, colheu assinaturas para   para remeter ao Senado, solicitando providencias para o andamento do projeto de lei do Senador Marcos Maciel, solicitando a "inscrição do nome de Felipe Camarão, no Livro dos Heróis da Pátria". A sua culminância se deu com a entrega das listas de 
Abaixo Assinados ao ex-deputado estadual, Júnior Solto, assessor da deputada federal Fátima Bezerra.
   Hoje foi iniciada uma série de palestra sobre esse nosso conterrâneo que pode em breve se tornar um Herói Nacional. O trabalho é desenvolvido pela Classe de Adiantamento em Ensino de Artes da Escola Municipal Irmã Arcângela. As palestras serão proferidas pelo médico  psiquiatra Franclim Capistrano, autor do projeto de lei que tornou em 2010, Felipe Camarão Herói Público Municipal e de seu filho Pablo que é sanitarista. O trabalho foi articulado pela sua assistente, Elaine Lima, ex-aluna (e todas as suas irmãs) desta escola, da qual muito declara se orgulhar, fato extensivo a suas irmãs uma das quais, sendo produtora da TV Universitária, atribui esse fato. ao incentivo recebido durante as aulas de artes ministras pelo professor Aucides Sales, nesta escola.

Parentes.

Xiurinja Ivam Pinheiro, morubixá Adriano Janduí e Aucides Sales.

       Adriano jandui.
     Waci xiurinja Ivam Pinheiro, nos levou até a localidade de Caboclos, a 36 km da cidade de Açú, no do Rio Grande do Norte. Aproximadamente 15 famílias vivem no lugarejo em casas novas construídas através de projeto governamental. Os moradores são tapuios da tribo do lendário Chefe Drarug (ou Janduí) e tem uma associação cujo vice-presidente, na ausência do Presidente, nos recebeu.
      Tainí naro té (seu nome é) Adriano Janduis e é um guardião da cultura do seu povo, havendo se chegado de pronto, aos apelos da antropóloga do grupo Paraupaba, Jussara Galhardo, para participar do Movimento Indígena que se organizava mode cobrar da FUNAI o reconhecimento dos grupos indígenas de nosso estado, o que foi obtido em 2009.

Palestra sobre F Camarão na E M Irmã Arcângela

Felipe e Clara Camarão, escultura de Eri Medeiros
 



  Hoje na Escola Municipal Irmã Arcângela será proferida às 16 horas, uma palestra proferida   por Pablo Capistrano sobre a lei tornou Dom Antonio Felipe Camarão, Herói Público Municipal. o evento é parte de um projeto de atividades da Turma de Adiantamento em Ensino de Artes / Grupo de Estudos Indígenas de Igapó da referida escola que estará participando com uma apresentação de cantos da Dança do Toré e uma partida do  Jogo de Peteca.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ex Alunos Brilhantes.



      Francisco Canindé Soares.
            
              Rei Canindé
              Rei Canindé
              Só palma de jurema
              Pro rei Canindé.

   Alunos da E. M. Irmã Arcângela, Francisquinho naquele inicio da década de 90, participou da execução de um projeto de decoração da Escola Domestica, para a festa aniversario de 80 anos, da decoração do Hotel Marinas Tibau Sul em Tibau do Sul e Hotel Olimpo, depois de participar da oficina de desenho que tínhamos na EMIA. Encaminhado para o Atelier do Pintor Jomar Jaquisom,  cursou desenho de observação em 1992, pintura a óleo em estilo hiper realista, tornando-se tempos depois auxiliar do artista nos cursos que mantinha na Cidade de Criança, administrado pela Fundação José Augusto.
Hoje, pai de família se mantém, trabalhando em sua arte de pintor.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Crônicas Potiguares

Em primeiro plano o Sr. Xavier Cortês e ao fundo "Seu" Gomes.
                       Respondendo a "Seu" Gomes
    Antes de ir direto ao comentário do nome da livraria, procurei saber de "Seu" Gomes a sua opinião sobre os índios e a seguir, diante de sua opinião favorável, disse-lhe que ele lembrava um tapuio, apesar dos olhos e pele clara. Esclareci a seguir que Felipe Camarão tinha a virtude observada pelo cronista Gabriel Soares que no início da colonização tecia rasgado elogio aos índios tupis afirmando serem eles excelentes alunos por possuírem enorme paciência e grande capacidade de aprendizado. Felipe Camarão não fugia a regra. Havendo estudado com os jesuítas sabia ler e escrevem em português, tupi, espanhol e latim. Trocou com seus parentes (Pedro Poti e Antonio Paraupaba) cartas escritas em rebuscada caligrafia usando a língua nativa e respondeu em português a proposta que o governo holandês lhe enviou, usando imagens de linguagem e ironias e em espanhol fez a defesa do padre guarani da ordem jesuítica, Manoel de Morais, em apuros com a inquisição, usando o idioma espanhol. Concluindo esclareci que não era costume dos portugueses estudar e que eles se orgulhavam de ter posses sem saber ler, tarefa que atribuíam ser própria dos religiosos. O próprio padre Morais era muito quedado às letras, sendo o autor do primeiro dicionário latim/tupi.
    Finalizando expliquei que depois da expulsão dos jesuítas do Brasil, que se ocupou da tarefa de ensinar nas escolas públicas foram os índios que haviam sido alunos destes padres, sendo portanto a escolha de um índio para ser patrono da rede de livrarias, muito adequada pelos motivos acima expostos, apesar do senso comum afirmar o contrário, atribuindo aos nossos parentes, a pecha de preguiçosos e tolos.

Wacini Xiurinja.

Aucides Sales e Fernando Lima.

          Fernandão.
    Também conhecido por Fernando Calóm, é delegado da tribo dos ciganos Carnauba da nação Calém para assuntos governamentais. É poeta e compositor oficial do conjunto roqueiro (e outros ritmos) Alcatéia Maldita que existe desde inicio dos anos setenta. Foi “ódio mim pra” que nos aproximou do povo cigano.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Flagrantes da Cultura Indigena.

Quatro das seis irmãs idênticas descascando castanhas de caju.

         A castanha do Caju.
   Esta valiosa herança dos nossos avós indígenas, além de exercer significativa influência na cultura nordestina, é hoje em nosso estado na economia, que a castanha de caju se destaca por beneficiar larga faixa da população na melhoria de vida dos agricultores, incluindo dois grupos de caboclos que graças a grande capacidade de organização, por se tratarem de clãs familiares: a o caboclos das Mirandas, em Caraúbas e os Mendonça de Amarelão, em João Câmara.
   Contrariando o senso comum que diz todo índio, um preguiçoso, estes dos grupos de caboclos são conhecidos pela sua disposição para trabalho, valentia e união.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

25 Encontro Nacional da Pastoral dos Nômades

Aucides e Gonzaga.
   Vindo de Macau a caminho de Olinda, o calom Gonzaga veio até a Fundação José Augusto conhecer de perto o jandóm Aucides Sales, amigo do povo cigano. Gonzaga é um dos capitães do rancho de Macau e vai representando a tribo dos Carnaúbas acompanhado do Delegado do povo cigano do Rio Grande do Norte, o julóm Fernando para o Encontro da Pastoral dos Nômades.

XXV Encontro Nacional da Pastoral dos Nômades.


Odoi sima Fernando Gringo, Delegado dos Calém.
  
    Ciganos, circenses, trabalhadores de parques de diversão, de construção de estrada e muitos outros tipos de trabalhadores são nômades, convivendo com a maioria sedentária da população. A Igreja Católica tem um trabalho com esta população e estará nesta semana realizando XXV Encontro Nacional de Pastoral Nômade que acontece em Olinda.
   Uma delegação do Rio Grande do Norte se fará presente representando os ciganos da tribo dos Carnaúbas, cujo delegado é o juróm Fernando Gringo Calóm, acompanhado de Gonzaga, équi calom do grupo de Macau. Na delegação vai um juróm jandom simpatizante e estudioso do povo cigano, chamado Flávio José, cuja família de Florânia tem dado apoio à inclusão dos ciganos nas políticas públicas, a partir do prefeito Padre Sinval Laurentino.

domingo, 8 de julho de 2012

ta na INTERNET


Cortejo homenageou 359 anos de morte de Felipe Camarão

Alunos do 4º e 5º ano da Escola Estadual Clara Camarão visitaram rua e palácio que levam nome do herói indígena.

Por Vinícius Menna
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Vlademir Alexandre

Alunos com instrumentos musicais indígenas.
Por enquanto, é só um ensaio. Os 359 anos de morte do herói indígena Felipe Camarão foi objeto de homenagem dos alunos da Escola Estadual Clara Camarão, que leva o nome da mulher do personagem da História norte-rio-grandense.

Segundo explica o pesquisador Aucides Sales, do Centro Juvenal Lamartine, da Fundação José Augusto, este ano a celebração é apenas um ensaio para o próximo ano, em que se completa 360 anos de morte do herói.

Munidos de instrumentos musicais indígenas, os alunos da Escola Clara Camarão, escoltados por batedores da STTU, foram trilhando a Rua Felipe Camarão, no centro da cidade, na sexta-feira passada (24), percorrendo trajeto até a Potylivros, local em que foi armada uma pequena mesa com comidas de origem indígena.

"O Movimento Indígena Potigua pediu à Fundação José Augusto para tomar conta do projeto. É um ensaio para o próximo ano, quando vamos fazer um negócio maior", conta Aucides.

Faixa homeageia Felipe CamarãoAlém de experimentarem as delícias em frente à Potylivros, loja que faz no nome uma alusão ao lider  indígena, originalmente chamado Poti ou Potiguaçu, as crianças puderam visitar o palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura Municipal do Natal.

Na Prefeitura, uma exposição fotográfica esperava por eles, com imagens feitas por Lenilton Lima em comunidades de remanescentes indígenas do Rio Grande do Norte. "A exposição é fruto do trabalho em visitas às comunidades no interior. Temos trabalhos junto à Secretaria de Educação de Canguaretama, na comunidade Catu, com a Escola Estadual José Lino da Silva", diz o pesquisador da FJA.

Enquanto a mesa de quitutes é preparada em meio aos olhos curiosos das crianças, o pesquisador revela que há um grupo de estudos indígenas pesquisando a história do Rio Grande do Norte a partir dos primeiros habitantes.

O Movimento Indígena Potigua, por meio do Centro de Estudos Indígenas de Igapó, pesquisa a língua guarani e tupi e tudo que cerca essa cultura, como as artes, dança e o canto. "O Movimento é financiado pelo Centro Cultural Augusto Maranhão e quem executa é o Centro de Estudos Indígenas de Igapó", comenta Aucides.

Além do cortejo, no bairro Felipe Camarão, festejos em nome do herói da Batalha dos Guararapes ocorriam no momento da celebração, no Centro da cidade. Os moradores lembravam nesta data o homem que deu nome ao bairro.

Em meio às baforadas de charuto, o pesquisador regia os preparativos para a mesa de receitas indígenas. E ainda tinha tempo para contar que, todos os sábados, no Sebo Cata Livros, no Centro, há uma reunião do grupo de estudos das línguas guarani e tupi às 11h e às 13h, organizado pelo Movimento Potigua.

Aluá é servido em frente à mesa colorida.A mesa colorida ficou pronta. Era hora de deliciar-se com as comidas que os originais habitantes destas paragens inventaram e que até hoje permanecem no cardápio da cultura nodestina. E então, os alunos começaram a degustação.

Foram servidas tapiocas, paçoca, pipoca, milho, camarão, cauim – bebida fermentada de caju – e bolo preto. Além disso, uma iguaria em especial foi posta à mesa. Era o aluá, bebida refrescante feita de farinha de arroz (ou farinha de milho) ou de cascas de frutas (especialmente abacaxi, raiz de gengibre esmagada ou ralada), açúcar ou caldo de cana e sumo de limão. Também chamada de aruá.

Os alunos da Escola Estadual Clara Camarão se esbaldaram com os quitutes. Aucides finalmente decansou o charuto e deu vez ao aluá. Serviu-se com uma concha feita artesanalmente em um copo plástico e sorveu a bebida.

Greve atrapalha a homenagem

Apesar dos esforços dos organizadores, os alunos celebraram o aniversário de morte do herói indígena pela metade. Segundo Sales, a intenção do projeto era levar as crianças para conhecer as comunidades indígenas, no interior, mas o passeio não foi possível.

Por causa da greve dos professores do Estado, a paralisação das aulas encurtou o tempo para organizar as visitas e somente no próximo ano, algo mais elaborado poderá ser feito para que a cultura indígena seja melhor passada às novas gerações potiguares.

Memória
Antônio Filipe Camarão foi um indígena brasileiro da tribo potiguar, nascido no início do século 17 em Igapó, Natal, na então Capitania do Rio Grande. O nome de nascença dele era Poti ou Potiguaçu, que significa camarão. Ao ser batizado e convertido ao catolicismo em 1614, recebeu o nome de Antônio e adotou Filipe Camarão em homenagem ao soberano D. Filipe II (1598-1621).

Nas invasões holandesas ao Brasil, auxiliou a resistência organizada por Matias de Albuquerque desde 1630, como voluntário para a reconquista de Olinda e do Recife. À frente dos guerreiros da tribo dele, organizou ações de guerrilha que se revelaram essenciais para conter o avanço dos invasores.

Faleceu no Arraial (novo) do Bom Jesus (Pernambuco), em 24 de agosto de 1648, em conseqüência de ferimentos sofridos no mês anterior, durante a Batalha dos Guararapes. Após a sua morte, foi sucedido no comando dos soldados insurgentes indígenas por seu sobrinho D. Diogo Pinheiro Camarão.

Além da rua por onde passaram os alunos do quarto e quinto ano, o Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal, e o bairro de mesmo nome, são homenagens à sua bravura. Há ainda outro tributo, prestado pelo Exército Brasileiro, que nomeou a Sétima Brigada de Infantaria Motorizada como Brigada Felipe Camarão.

Grafia
O nome do líder indígena é comumente grafado Antônio Felipe Camarão, mas o correto é "Filipe", escrito segundo a antiga norma ortográfica da língua portuguesa.

Arraiá do Sabugo

No centro, de roupa escura e sombra verde nos olhos...ele.
     Na Rua Rio Claro próximo à Rua Jaeci de Oliveira no Conjunto Panatis 2, na Zona Norte, o Arraiá do Sabugo organizado por Meire e Marivânia, amanheceu o sábado zuando... estes grupo de rapazes munidos de cordas e percussão resolveram não dormir depois da noitada de quadrilhas e artistas do palco. 
      As caboclas muito animadas receberam apoio do Governo do Estado através do Edital de Quadrilhas Juninas aberto pela Fundação José Augusto. No Brasil, as festas juninas como o carnaval, inicia antes da data e prossegue depois dela. é como o João Grilo:
     João Grilo foi um cristão
     Que nasceu antes do dia
     Criou-se sem formosura 
     Mas tinha sabedoria
     E morreu depois das horas
     pelas artes que fazia.(Athaide)